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Jornal O TEMPO – 06/03/2014

Coluna Raquel Faria

Está no papo

O vereador Wagner Messias, o Preto, líder do governo Lacerda na Câmara de Belo Horizonte, já contabiliza 33 votos para aprovação do projeto Nova BH, uma operação urbana que verticalizará ainda mais a capital ao permitir a construção de edifícios em novas áreas no entorno das avenidas Antônio Carlos e Pedro I e da Via Leste-Oeste. No total serão mais 25 quilômetros quadrados de prédios na cidade.

Governismo

A intenção da prefeitura é colocar o projeto em votação neste semestre. O que não será difícil: a Câmara de Belo Horizonte está cada vez mais governista, com a oposição restrita a oito vereadores, e nem todos firmes. Ano passado, o prefeito teve aprovados 45 dos 46 dos projetos de sua autoria que chegaram ao plenário da casa: a quase totalidade

Mais espigões

Ao Nova BH, foi incorporada outra proposta oficial que estimula e acentua a verticalização da cidade: a chamada Operação Consorciada do Barreiro, que prevê a liberação de prédios mais altos em área de 3,8 quilômetros quadrados no entorno da Estação BHBus, na avenida Afonso Vaz de Melo. Antes, a propósito da Copa, a PBH já tinha flexibilizado os limites de altura para a construção de hoteis.

E o trânsito?

Os projetos verticalizadores são aguardados ansiosamente por empreendedores, sobretudo construtores e investidores imobiliários, animados com as perspectivas de novos negócios nas áreas que estão se abrindo para edifícios mais altos – os mais rentáveis. Mas tem o outro lado da moeda. A verticalização gera adensamento, com mais pessoas circulando com seus carros. E como as vias não comportam o maior número de veículos, a tendência é a cidade ganhar novos gargalos de trânsito.

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